|a caixa|

Um papel de propaganda pode oferecer às pessoas somente o conteúdo nele presente, mas há uma dobradura onde você pode utilizar oito papéis destes e fazer a base e a tampa de uma caixa.

Quando duas pessoas começam a namorar, elas começam a construir a base de uma caixa. Elas criam um espaço delas, onde guardarão, juntas, suas lembranças, alegrias, tristezas, surpresas e etc.

Se o relacionamento fica mais sério, a espessura do papel que é feita a base vai engrossando. Pois uma caixa de dobradura feita com papel sulfite rompe muito mais facilmente do que se feita de papel cartão.

Há um ponto em que a caixa já passou pelo “teste de qualidade”. Ou seja, ela já apanhou bastante e já possui bastantes coisas dentro (saudade, amor, paciência, sabedoria). Logo, o casal resolve revesti-la com algo que não a faça desmontar mais: o casamento.

Obs.: com a caixa mais rígida, ela ainda pode sofrer com quedas, mas dificilmente ela se romperá.

Eu considero a tampa como se fossem os filhos que esse casal pode ter. Por consequência, se a caixa estiver com tampa, haverá um limite ao casal para adicionar coisas dentro dela, pois agora há uma barreira o qual não lhe permite agir sem pensar em terceiros. Mas, em contrapartida, ele poderá, um dia, brincar de boneca russa.

Caso escolha não ter uma tampa para a caixa, o casal pode adicionar mais e mais memórias (viagens, loucuras e etc.) dentro desse espaço. E não precisará se preocupar com crianças que dependam dele.

Mais algumas coisas: a base sempre será maior que a tampa e esta, no decorrer do tempo, pode se perder. E, ademais, o que ajuda esta dobradura a ficar em pé é a base. Quer dizer, os filhos não são mais importantes que o cônjuge.

Enfim… Feliz dia dos namorados e me desculpe se assustei os novos casais da vizinhança. Beijos.